A história dos transplantes em Poços de
Caldas
Os
transplantes renais em Poços de Caldas começaram por iniciativa do urologista
Carlos Mosconi e do nefrologista Álvaro Ianhez. Em 1991, eles criaram o Centro
de Transplantes de Rim da Santa Casa de Poços de Caldas. Os procedimentos
começaram dois anos depois, quando foi composta a primeira equipe, formada pelos
seguintes profissionais: os urologistas Jorge Moreira Lopes, Márcio Gonçalves e
Saulo Zenun, as nefrologistas Francisca Barreiro e Mirtes Maria Rodrigues
Bertozi (nefrologista) e os idealizadores do Centro.
Nesta
época, cada hospital possuía a própria lista de receptores de rins, de acordo
com a legislação que estava em vigor. O sistema passou a ser organizado a
partir de 1997, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso sanciona a lei
9.434.
A
legislação passa a regulamentar uma organização complexa no Sistema Nacional de
Transplantes, mas o país estava despreparado para uma alteração tão brusca. Por
isso, passaram a existir dois sistemas simultâneos. A transição para a nova
estrutura ocorreria de acordo com as condições de cada estado, com continuidade
do trabalho nas cidades que já possuíam centrais de transplantes.
A Central de Notificação, Captação e Distribuição de
Órgãos e Tecidos (CNCDO) de Minas Gerais foi regularizada em 1999 peloMinistério da Saúde. A MG Transplantes tinha
como objetivo descentralizar as ações de transplantes em Minas Gerais.
Neste
mesmo ano, a equipe da Santa Casa recebeu novos membros e ficou constituída pelos
seguintes médicos: o coordenador técnico Álvaro Ianhez, os nefrologistas João
Alberto Góes Brandão e Mirtes Maria Rodrigues Bertozi, e os urologistas Saulo
Zenun, Claudio Rogério Carneiro Fernandes, Celso Roberto FrassonScafi, Sérgio
Vargas e Eduardo Silva.
Os
transplantes apenas foram regularizados em Minas Gerais no ano de 2001, quando
a CNDCO sulmineira passou a ter sede na cidade de Pouso Alegre e os
procedimentos foram descentralizados. Entre 1997 e 2001, todas as centrais de
transplantes eram acompanhadas de perto pelo Ministério da Saúde, mas ainda não
estavam adequadas à legislação. O governo federal nunca teve a intenção de
paralisar os procedimentos, pois os transplantes salvavam milhares de vidas em
todo o estado.
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